" ...era uma coisa que parecia sem fim, as pernas tremiam, eu não conseguia engolir, o coração batendo forte, eu estava ficando cada vez mais ansiosa, o corpo estava incontrolável, eu comecei a transpirar, foi horrível..."
No Pânico o corpo reage como se estivesse frente a um perigo, porém não há nada visível que possa justificar esta reação.
A pessoa reage com ansiedade frente às sensações de seu próprio corpo, há um estranhamento e um grande susto em relação ao que é sentido dentro da pele. No Pânico o perigo vem de dentro.
É comum a pessoa passar a restringir a sua vida a um mínimo, limitando toda forma de estimulação para tentar evitar que "aquilo volte". Assim a pessoa pode evitar sair de casa, ir a lugares específicos, evitar algumas atividades, privando-se de muitas experiências, o que começa a comprometer a sua vida pessoal e profissional.
Vamos compreender o que acontece com a pessoa e como ela pode sair desta armadilha.
A Síndrome do Pânico é um transtorno psicológico caracterizada pela ocorrência de inesperadas crises de pânico e por uma expectativa ansiosa de ter novas crises.
As crises de pânico - ou ataques de pânico - consistem em períodos de intensa ansiedade, geralmente com início súbito e acompanhados por uma sensação de catástrofe iminente. A freqüência das crises varia de pessoa para pessoa e sua duração é variável, geralmente durando alguns minutos.
No geral, as crises de pânico apresentam pelo menos quatro dos sintomas abaixo:
FIQUE ATENTA: Taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea ou desconforto abdominal, embaçamento da visão, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou frio, sensação de irrealidade, despersonalização, sensação de iminência da morte.
Há crises de pânico mais completas e outras menores, com poucos sintomas.
Geralmente as crises de pânico se iniciam com o disparo de uma reação inicial de ansiedade, que logo ativa um medo em relação às reações que começam a ocorrer no corpo. Durante a crise surgem na mente da pessoa uma série de interpretações negativas sobre o que está ocorrendo, sendo muito comuns quatro tipos de pensamentos catastróficos: de que a pessoa está perdendo o controle, que vai desmaiar, que está enlouquecendo ou que vai morrer.
No intervalo entre as crises a pessoa costuma viver na expectativa de ter uma nova crise. Este processo, denominado ansiedade antecipatória, leva muitas pessoas a evitarem certas situações e a restringirem suas vidas.
Além do apoio da família e da sua aceitação do problema (eu resisti a aceitar que tinha sindrome do pânico e isso dificultou bastante o inicio do tratamento ... ) você precisa procurar um médico especialista e tratar o problema o quanto antes, existem ótimos medicamentos no mercado e bons profissionais para te acompanhar, uma boa terapia de auto controle é essencial.
O mais importante é vencer o medo ... eu estou enfrentando a minha luta a cada dia, já tive algumas recaídas, voltei a dirigir (pouco mas voltei) ... atenta aos pedidos médicos voltei a pintar (logo após ser diagnósticada) poderia voltar a advocacia, mas prefiro esperar um pouco mais, talvez quando estiver 100% quem sabe ... !
Por enquanto tá bom assim, tudo ao seu tempo, mas sei que preciso superar tudo isso e tomar as redéas da minha vida como antigamente ... por Deus que eu tenho um marido e um filho maravilhoso, super companheiros e que me dão muita força para lutar, sem contar que desde a criação do Mão na Massa e o contato com as crianças minha vida deu um "up" de felicidade, é só alegria, amo estar com eles, amo fazer artes junto com eles, para mim é uma terapia, uma diversão, aprendemos juntos ... acho, inclusive, que não abandonarei mais o Mão na Massa e para onde eu for ele irá comigo.
Se você se identificou com o texto, procure um médico, converse ... não deixe essa sensação de angústia te consumir. Hoje, admito, que procurar ajuda médica foi a melhor coisa que eu fiz. Estou bem, me sinto feliz e realizada, me sinto curada fisica e emocionalmente.